Umuarama
Bombeiros de Umuarama estão há cinco meses sem efetivo para ambulâncias
Prefeito Celso Pozzobom disse que pediu providências ao Governo do Estado


REDAÇÃO O Bemdito 22 de janeiro de 2021 06h51
Desde agosto de 2020 as ambulâncias do 6º Subgrupamento de Bombeiros Militares Independente (6º SGBI) estão paradas em Umuarama. O quartel em Altônia, subordinado a Umuarama também está com ambulância baixada e o de Cruzeiro sequer chegou a ativar após a volta da gestão para os militares após a municipalização.
A falta de efetivo é a principal causa das baixas, conforme apurou OBemdito. Nesse sentido, os bombeiros priorizam o combate aos incêndios e os resgates, deixando o atendimento de vítimas acidentadas para o Samu. Isso ocorre porque a prerrogativa número um dos bombeiros não é o atendimento pré-hospitalar. Eles funcionam como um apoio para o Samu, conforme resolução 2048 do Ministério da Saúde.
“Em Altônia, por exemplo, retiramos ambulância porque não tinha como a mesma equipe fazer o atendimento de ambulância e fazer o atendimento do caminhão, porque se esta equipe estivesse empenhada com a ambulância e pegasse fogo em um lugar não ia ter outra equipe para sair com o caminhão”, exemplificou o tenente Marçal Gabriel da Costa, do 6º SGBI.
Mesmo assim, a falta das ambulâncias nas ruas de Umuarama sobrecarrega o atendimento de todo sistema e preocupa a população. O prefeito Celso Pozzobom, que nesta semana assumiu a presidência do Ciuenp – o consórcio do Samu – interviu e pediu providências ao Governo do Estado.
O secretário estadual da Administração e da Previdência, Marcel Micheletto, esteve na Capital da Amizade e disse que levaria a demanda à Curitiba.“Essa situação [das ambulâncias dos bombeiros] preocupa a gente”, disse Pozzobom.
Na logística dos bombeiros seriam necessários ao menos mais dez militares para retomar o atendimento, isso sem contar aposentadorias e afastamento por questões médicas.
De acordo com o 6º SGBI o concurso público cujas provas devem ocorrer este ano (foram adiadas em virtude da pandemia da Covid-19 em 2020), possivelmente trará um reforço de 25 militares para Umuarama. Contudo, ainda não há uma previsão de quanto tempo isso levará.
A situação, todavia, não é exclusividade de Umuarama. Diversas cidades do Paraná também sofrem com a falta de bombeiros, o que impossibilita transferências de uma unidade para outra.^A expectativa é de que haja alguma resposta em breve.